sábado, 28 de fevereiro de 2009

Enfim a esperança venceu o medo

  • Foste tu Luiz que do Nordeste saiu
    Sete anos e treze dias de poeira viu
    Montado no cansado pau de arara
    Na bagagem esperança, jóia rara

    Tinturaria, engraxate e Office- boy
    A carteira aos quatorze assinada foi
    No SENAI, em três anos foi formado
    De metalúrgico ao sindicato pátria amada

    Muita luta Sol aberto em dia longo
    Em teu discurso esperança é o ponto
    Unindo o destino de muita gente diferente
    Com a força do povo, sem medo de ser presidente

    *texto e imagem enviados por Josil.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Amizade.

Belo Horizonte, 6 de fevereiro de 2009.

Saudade, s.f.. Recordação ao mesmo tempo triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; pesar pela ausência de pessoa(s) querida(s); nostalgia; -s: cumprimentos; lembranças afetuosas a pessoas ausentes.
BUENO, Silveira. Minidicionário da Língua Portuguesa.

Jéssica,

desde que conheci esse livrinho chamado dicionário, nunca pensei que ele pudesse ser tão bonito. Até hoje. Olhando o significado dessa palavra que sempre me vem à mente, quando me lembro de você, amiga, percebi que ele é um dos livros mais bonitos do mundo, só por conter esse pequeno verbete. As recordações por aqui são exatamente como descritas, tristes e suaves. E o desejo do reencontro, enorme! Bem que eu já havia previsto, quando você me contou da viagem, que eu não ia gostar nada nada disso. Mas o egoísmo acabou dando lugar à amizade, e eu fiquei feliz por você. Feliz pelos novos ares que você respiraria, pelas novas experiências... Mas, "tudo bem, a gente supera", lembra?

Eu me lembro. lembro de cada expressão que uma acabou passando prá outra. Lembro do fa-na-tis-mo pelo Harry e pelo Daniel. Lembro na pi-ra-ção com The Sims. Lembro das fotos malucas. Lembro do dia emo. Lembro dos seus aniversários. Lembro dos filmes, que você dormia vendo. Lembro das idas ao BH Shopping. Lembro da gente andando pelo Retiro, meia noite, à pé. Lembro de quando você quase capotou a moto, comigo na garupa. Lembro das aulas de natação. Lembro do dia em que dormimos na natação. Lembro disso tudo. E todas essas lembranças me dizes que eu devo estar feliz pela sua viagem.

Mas eu não estou! Eu sou egoísta e vou continuar assim! Eu gosto de saber de todos os detalhes da sua vida. Eu gosto de ir na sua casa. Eu gosto que você venha aqui. Eu gosto de fofocar na sorveteria. Gosto de conversar horas pelo telefone. Gosto de saber cada detalhezinho da sua vida! Gosto de contar até as coisas mais insignificantes do meu dia! Mas essa droga desse Oceano Atlântico não deixa! Droga, droga, droga!

Essa carta é, bom, como você já viu, prá amaldiçoar esses zilhões de kilômetros que nos separam e que inviabilizam a nossa comunicação. Mas é também prá implorar, veja bem, im-plo-rar por notícias detalhadas. Porque o plurk quebra o galho, mas não faz milagres.

Estou morrendo de saudades e você é indispensável na minha vida. Escreva, mande sinal de fumaça, conserte seu msn ou volte já prá cá. Dê seu jeito, sua gorda!

Um beijo gordo, Arara,

Anna.